As 20 coisas que você não sabia da Azzurra

Artigo de Eric Maggiori da revista francesa So Foot.

Ela é a segunda maior campeã da história dos mundiais, com 4 estrelas no peito. É sempre favorita quando está mal. Teve jogos lendários contra a Alemanha, possui a histórica rivalidade com a França, os gols do carrasco do Brasil Paolo Rossi, o famigerado pênalti de Baggio em 1994. Agora descubra, abaixo, os  vinte fatos poucos conhecidos da lendária seleção que se veste de azul.

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1. Bianco. Em seu primeiro jogo oficial no ano de 1910, a Itália não jogou de azul mas de branco. Por que branco? Porque não houve consenso sobre a cor do uniforme oficial, restando aos dirigentes optarem em deixar o uniforme todo branco.

2. Patriotismo. Em 2006, na Copa da Alemanha, Marcello Lippi, treinador da Azurra, escolheu a dedo o hotel. Seu critério foi bem simples: O local deveria ser composto por 100% de funcionários italianos. “Quando voltávamos dos jogos, os garçons, o pessoal da recepção, todos choravam. Neste momento, você entendia bem a tática motivacional do nosso treinador”, confessou alguns anos depois Marco Materazzi.

3. Duce. Em 1934, depois de vencerem a Copa do Mundo, os jogadores italianos foram recebidos no Palazzo Venezia para encontrar Benito Mussolini. O Duce havia prometido que daria qualquer presente aos vencedores. Alguns queriam um passe ferroviário gratuito vitalício, outros um diploma de estudo. Finalmente, Benito, muito ocupado com o embaixador da Grã- Bretanha, adiou o encontro com os campões mundiais, que acabaram se contentando em receber uma foto autografada ao lado do ditador. No entanto, eles nunca viram a cor da prometida selfie.

4. Cry me a Riva. O maior artilheiro da história da Itália, Gigi Riva, marcou somente 35 gols pela seleção italiana. A título comparativo, os melhores artilheiros de outras seleções estão bem a frente do italiano: Pelé (77), Klose e Muller (68), Batistuta (56), David Villa (56), Henry (51), Charlton (49)…

5. Ovelhas negras. Há apenas duas equipes que a Itália perdeu mais do que ganhou: O Brasil (5 vitórias e 8 derrotas) e a ex-URSS (2 vitórias e 4 derrotas). Equilíbrio absoluto com a Espanha: 10 vitórias e 10 derrotas.

 6. Dobradinha solitária. No dia 9 de dezembro de 1956, Angelo Longoni, jogador do Atalanta, foi convocado pela primeira vez para disputar um amistoso contra a Áustria. Ele marcou dois gols em sua estreia. No entanto, ele nunca mais fora convocado. Depois disso ele se tornou o jogador com a maior média de gols da Azzurra: 2 gols em uma única partida.

7. Scirea, no party. Depois de ter conquistado a Copa de 82, todos os jogadores festejaram no hotel. Todos, menos um. Gaetano Scirea preferiu ficar no quarto lendo um livro. Foi graças a Dino Zoff que foi buscá-lo para participar da festa com os companheiros.

8. Baggio e as penalidades. Quando evocamos as palavras pênaltis e Baggio, pensamos inevitavelmente na final da Copa de 94. A única coisa que pouca gente sabe é que Roby é o único jogador da história da Copa da Mundo que participou por três vezes de disputas por pênaltis. Em 1990 contra a Argentina, em 1994 contra o Brasil e em 1998 contra a França. Balanço, dois pênaltis marcados, um errado e três eliminações no currículo.

9. NERO. Nos anos 30-40, a Itália utilizou uma camisa toda preta, cor preferida do regime fascista de Benito Mussolini. Ela foi utilizada pela primeira vez em 1935 contra a rival França e foi abandonada logo após a queda do regime.

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10. Zero. De todas as equipes contra quem a Itália disputou ao menos dez jogos oficiais em sua historia, somente uma seleção não foi capaz de vencer os Azzurri: A Turquia, que possui um handicap de sete derrotas e três empates contra os italianos. Até a Finlândia já venceu uma.

11. Zero. De todas as equipes contra quem a Itália disputou ao menos dez jogos oficiais em sua historia, somente uma seleção não foi capaz de vencer os Azzurri: A Turquia, que possui um handicap de sete derrotas e três empates contra os italianos. Até a Finlândia já venceu uma.

12. Século XIX. Antes de seu primeiro jogo oficial em 1910, a Itália já havia tentado formar uma seleção nacional, mas a experiência foi frustrante. Foi em 1899: Dos 11 jogadores escolhidos para a representar o país, somente três eram verdadeiramente italianos e o uniforme para ocasião era o do Genoa. Os 11 perderam por 2 a 0 contra a Suíça.

13. Rivalidades. Em 1978, a Nazionale foi dividida entre jogadores da Juventus (8) e do Torino (6). Durante a Copa na Argentina, os dois lados se odiavam tanto que até se separavam durante as refeições. “Na mesa, o grupo do Torino estava de uma lado e o da Juve estava do outro, ninguém se falava. Entre os dois, havia Antognoni e Bellugi que eram neutros”, contou Renato Zaccarelli, jogador granata de 1974 a 1987.

14. Scopone. Os jogadores italianos já jogaram cartas num avião com o presidente da República. Isso foi em 1982, após a vitória na Espanha. Dentro do avião que trazia os italianos de volta pra casa, Zoff, Causio e Bearzot jogavam cartas com o presidente Pertini. A dupla Zoff-Pertini perdeu a partida, causando enorme frustação no presidente, o qual acusou Zoff pela derrota antes de admitir alguns anos mais tarde que a culpa tinha sido sua.

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15. Insultos. Na Copa de 74, no jogo contra o Haiti, Giorgio Chinaglia insultou o seu treinador Valcareggi no momento da substituição. O atacante nunca perdoou o seu treinador por ter convocado apenas três jogadores da Lazio, enquanto que os Laziali tinham conquistado o scudetto com um time 100% italiano.

16. Pesquisa. Antes da Copa do Mundo de 1982, uma pesquisa realizada na Itália revelou que somente 1% dos italianos acreditavam na vitória.

17. Capitano. Fabio Cannavaro ainda possui o recorde de jogos disputados com a Azzurra como capitão. Com 79 jogos com a faixa no braço, ele está na frente de Paolo Maldini (74) e Giacinto Faccheti (70). Inacreditável mas é a pura realidade, Luca Toni e Antonio Cassano também já foram capitães da Itália. Uma vez cada um.

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18. Publicidade. Em 1997, o treinador italiano, Cesare Maldini, decidiu não chamar o craque da Juve, Alessandro Del Piero. O patrocinador do craque juventino, a Adidas, decidiu sem consultar o atleta promover uma propaganda com tom de desabafo: “Um único homem poderá impedir de marcar o craque: Cesare Maldini.” O próprio Del Piero pediu à Adidas que retirasse o anúncio.

19. Italian Lover. Lido Vieri (com nenhum parentesco com Bobo) era o terceiro goleiro da Azzurra na Copa de 70. Ao invés de treinar com os colegas de seleção, ele preferia passar o seu tempo sob o sol em companhia de Graciela, filha do vice-presidente mexicano, que ele encontrou ao lado de seu hotel. O romance durou o mesmo tempo da Copa do Mundo.

20. Invicta. A Itália terminou seis Copas de forma invicta: Em 1934, 1938, 1982, 1990, 1998 e 2006. Dedução lógica: em 1990 e 1998, ela foi eliminada da Copa sem ter perdido um único jogo. Fora eliminada nos pênaltis.

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